Eu sei, as pessoas não tem culpa de não serem

quem eu quero que sejam. é hipocrizia para comigo mesma, é o velho hábito de criar expectativa de que o bom vai ficar cada vez melhor, mas será sempre igual. e não é, né. nesse mundo que tu é rápido e mutável, eu até posso conservar em mim um quê de perene, mas do que me rodeia, já dizia camões, mudam-se os tempos. que que eu posso fazer? choro ou sorrio, e qualquer reação exige um quê de falsidade. Na dúvida, acho que vou alternando de uma para outra, e quem sabe alguma terceira, se aparecer.

"se estamos todos sozinhos, estamos juntos nessa também."

não é assim? sou diferente de todas as pessoas, e juntamente aí é que mora a nossa igualdade.

(..) aceito paranóias, dou risada de algumas cicatrizes e choro por outras SIM, mesmo que não estejam no meu corpo. Afinal, negro, amarelo ou branco, são todos irmãos.






não preciso ser surpreendida sempre, não tenho medo da rotina nem do tédio. Só quero que a vida corra solta, mas que eu esteja de mãos dadas.