Are Baba!

tãããão boa essa coisa de rir da sociedade do vizinho #)

nao desmerecendo o brasil!

mas é complicado apontar o dedo assim, sem cautela nenhuma, praquela moça que parece (muito!) com você.

PROCURA-SE!

PAR PERFEITO:
espera-se alguém. pode ser alto, ou baixo, magro ou... magro. o importante é que NÃO seja nem o igual, nem o oposto, nem nada! é essencial que saiba sorrir pra mim, andar de mãos dadas e falar sobre os sonhos da noite que nao amanheceu.

interessados: pfavor desviar ao primeiro olhar. depois insistir;

consensual


Se eu fosse passarinho e pendurassem a minha gaiola perto do jardim, eu juro que não piava.
não fugia, mas também não nao piava ou olhava pra quem quer que fosse. arrancaria todas as penas e ficaria ali, bico marrom e pele rosa, sem fazer barulhinho que fosse.

não me basta olhar, nao me basta sonhar, e nao bastaria. se eu tivesse asas, um jardim nao me servia, eu quereria o mundo todo pra olhar! e olhar no mundo só o que me desse vontade. amanhã ou depois ser pego por ave maior, por águia, mas nisso eu penso mais tarde;
sou ave, sou pássaro, e nao quero água fresca ou semente que eu nao ache sozinha, e nao aceito grade como parede nem árvore como vizinha.

prendo a voz na goela, mas não me enfiam numa gaiola.

A MISSA DOS INOCENTES / Quintana.

Se não fora abusar da paciência divina
Eu mandaria rezar missa pelos meus poemas que não conseguiram [ir além da terceira ou quarta linha,
Vítimas dessa mortalidade infantil que, por ignorância dos pais,
Dizima as mais mais inocentes criaturinhas, as pobres...
Que tinham tanto azul nos olhos,
Tanto que dar ao mundo!
Eu mandaria rezar o requiém mais profundo
Não só pelos meus
Mas por todos os poemas inválidos que se arastam pelo mundo
E cuja a comovedora beleza ultrapassa a dos outros
Porque está, antes e depois de tudo,
No seu inatingível anseio de beleza!

à vontade

Bateu a vontade de deixar o verso solto, a linha sem parágrafo e os “as” sem crase.
Daí eu, minha frase errada e a lembrança da minha professora de gramática.
Vontade de dançar no escuro, criar coreografia pra enfeitiçar meu espelho;
Daí eu, o espelho e minha carreira de artista frustrada.
Vou telefonar para aquela amiga que eu briguei para sempre e contar pra ela que eu to com saudade do teu olhar pra minha boca, do teu beijo no meu pescoço. Vou convidar ela pra ver tevê, algum filme de terror.

Daí eu, ela e mais um doce de panela.
E nisso, vou pensar nas nossas -minha e tua - trocas de olhares.

Daí eu, tu e esse nada que faz meu riso solto quando cruza com a tua piada. Vontade de gritar bem alto e rir do silêncio que foge e volta, rindo de mim.

Daí eu, eu mesma e tu aqui do lado, do lado de dentro.Vou mudar de planos, falar a verdade na tua cara: a minha vontade é soltar as algemas que te prendem à minha cama, dizer VAI! e te observar dizendo que

não sai, não sai, não sai.
Um mundaréu (é, éu.) de perguntas sem resposta e eu aqui, pasmada com obviedades !